sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Organização Criminosa no Poder da Bahia

ENVOLVIDOS EM VENDA DE SENTENÇAS NA BAHIA SÃO DENUNCIADOS. ADVOGADO FAMOSO ESTÁ FORAGIDO!
Sexta, 22.08.2008,

Formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, exploração de prestígio e corrupção passiva e ativa foram os crimes que levaram o Ministério Público estadual a denunciar um grupo de ex-assessores de desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia e advogados. A denúncia foi oferecida ontem à justiça.  

Os denunciados são os advogados Abdon Abbade dos Reis, Cláudio Braga Mota, Gevaldo da Silva Pinho Júnior, Ângelo Franco Gomes de Rezende e Antônio Raymundo Magalhães Oliveira; o estudante Olegário Sena Miranda; os funcionários públicos Eliene Ferreira Luna, Káttia Pinto Mello, Glória Maria Moreira dos Santos e Alexandre José Cruz Britto; e os empresários Edgar Abreu Magalhães, Márcio Levy Silveira e Antônio Gilberto Azevedo.

Eles são acusados de integrar uma organização criminosa envolvida na compra e venda de sentenças que foi desarticulada na Operação Janus, deflagrada no último dia 8. A denúncia, formulada pelos promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), Paulo Gomes e Ana Rita Nascimento, possui 130 laudas e foi distribuída para a 2ª Vara Crime de Salvador.

Tido como líder da quadrilha composta por empresários, lobistas, advogados e servidores públicos, o criminalista Abdon Abbade, que encontra-se foragido, teve o pedido de habeas corpus indeferido no final da tarde de ontem pelo ministro Arnaldo Esteves Lima, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

De acordo com os representantes do Ministério Público baiano, o Gaeco instaurou em 2007 um procedimento investigatório criminal para apuração de crimes de tráfico de drogas e outros em conexão envolvendo o advogado Abdon Abbade e José Francisco Lumes, vulgo 'Zé de Lessa'.

Entretanto, através de interceptações telefônicas autorizadas pelo Poder Judiciário e realizadas pela Superintendência de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP) com acompanhamento do Ministério Público, a investigação cresceu e identificou uma "extensa organização criminosa".

Fonte : Pimenta na Muqueca