sexta-feira, 19 de março de 2010

Quando não respeitam nem o meu lixo!

Pois é, a lixeira está na frente do meu portão, esteticamente feia, demonstra que tenho lixo como em todas as casas deste nosso universinho, demonstra que sigo diretivas estabelecidas pela ordem - sacos apropriados devidamente fechados depositados em lugar apropriado - e ressalvo,no horário estabelecido.
 
O que fazer quando alguns resolvem depositar o lixo deles no lugar do "seu "lixo? Não percebem estes que tiram de você até seu próprio lugar de depositar o seu lixo? Percebem, mas fazem assim mesmo! E assim o " seu lixo" vai para o chão em frente da sua casa, não sobrou espaço para seu lixo.O lixo deles está no " Seu Lixo ". Na frente da casa deles nenhum lixo, nem lixeira, tudo aparentemente limpo. Os encarregados da limpeza aparecem e aos brados dizem: " Ô Dona coloque seu lixo no lixo!!
Sei...
pois é...
...
Ao lado uma obra segue seu ritmo, os proprietários conscientes respeitam o silêncio da boa vizinhança mas precisam se ausentar, então a turba da obra ganha espaço, sem conversa, sem diálogo. Aos berros escuta-se  toda espécie de impropérios, palavrões, argumentos sobre todo tipo de assunto mesmo os mais particulares são trocados aos urros entre eles. - Por favor nos respeitem! Como resposta 1 minuto silencioso para captar nosso apelo e 8 horas de pirraça malévola e degradante aos ouvidos e a moral.
Que bons costumes que nada! Não estão nem aí.
Uma escória esfaimada para a discordia. Se escuta: Aí turma a Dona se estressou, hahahhaha!
Sei...
pois é...
...
 
E lá na frente, crianças brincam,  nadam, mergulham. E destroem! Pulam sobre a madeira, arrancam as madeiras, sobem no deck às dezenas, puxam os fios, quebram os degraus, gritam sem parar palavrões, atiçam os cachorros.
Respiro fundo, vou novamente conversar com elas, pondero, argumento, peço, oriento. Eles se calam, não dizem sim nem não, olham com desdém e provacação,dou meia-volta me dirijo a casa, a turbinha recomeça, nem 1 minuto se passou, riem, gargalham, dizem palavões, fazem gestos, ameaçam e continuam a destruição,
Sei, são crianças.
Sei, são menores.
Olho novamente para as crianças, os dedos apontados para o cima me indicam o lugar que desejam que eu vá.
Me mandam para o lugar de onde execram suas imundícies.
....
Minha nossa! O que fazem comigo estes seres!
Como combater tantos Imundos sem que a lama deles me impregne e me torne fétida como eles?
 
 
Ana Maria C . Bruni

quinta-feira, 11 de março de 2010

"Francamente, minhas queridas, não estamos nem aí"

O que na realidade nos dizem...

"Francamente, minhas queridas, não estamos nem aí"

...
 
Mulher luta pelo direitos a que tem direito!

Não permita que nossas máximas se tornem mínimas perante a sociedade!

Jamais seremos uma pátria se não protegermos a mulher e a família!
...
 
 
 

Mas já é tarde

Primeiro estupraram uma mulher
Mas eu não me importei com isso
Eu não era a vítima.

Em seguida agrediram outras
Mas eu não me importei com isso
Eu não era como elas

Logo estavam perseguindo outras mais
E eu não disse nada
Eu não vivia como elas

Em seguida abusaram sexualmente de menores
Mas eu não importei com isso
Elas não eram minhas conhecidas

Depois prenderam várias mulheres
Mas eu não me importei com isso
Porque não sou como elas

Em seguida difamaram outras
Mas eu não me importei com isso
Não era relacionado à minha vida
Também não me importei

Depois escutei seus gritos de socorro
Mas eu não me importei também com isso
Fingi que não os ouvi

Em seguida torturaram inocentes
Mas também não me importei
Estas situações acontecem com as outras

Agora estão me estuprando
Agora estão me agredindo
Agora me perseguem
Agora estão querendo me prender
Agora estão me difamando
Agora estão querendo calar a minha voz

Mas já é tarde
Como eu não me importei com as outras mulheres,
Não sobrou nenhuma para se importar comigo.

Ana Maria C. Bruni
 
No Blog Lei Maria da Penha

segunda-feira, 1 de março de 2010

"Quem espera que o diabo ande pelo mundo com chifres será sempre sua presa."

E a turma decide,
a sua vida.
Seu medo, desespero,terror,
não é levado em conta.
Sua dificuldade em conseguir ajuda,
ignorada.
 
Batem os martelos,
em suas cabeças.
Mais agressão,
na omissão contra a violência.
 
Decisões cruéis, distantes da realidade
do sofrimento de muitas.
Pretendem em lógicas e discursos inflamados
explicar a violência.
Não percebem,pois não vivenciaram,
que os limites da abjeção foram rompidos
e então crimes são considerados quase virtudes. 
O paradigma repugnante da violência contra a mulher,
segue no silêncio trágico no eco do sofrimento,
estes sons não constam dos autos.
E enquanto mulheres morrem na real,
a empáfia dos ditos justos predomina.
 
Imagens falam das dores
Lágrimas causam enxurradas
Odores de cadáveres são inalados
Nós mulheres somos as presas!

"Quem espera que o diabo ande pelo mundo com chifres será sempre sua presa." (Schopenhauer)

Nós mulheres somos as presas!

Ana Maria C. Bruni