sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Em nome do Cão agem!

Em nome De Deus. Em nome da Justiça dos homens continuam a cometer barbaridades e injustiças!

Não vejo saída infelizmente, seremos exterminadas e um pequeno grupo será mantido para os prazeres sexuais e para se tornarem barrigas de aluguel!

Em pleno século 21, somos vaginas, bundas e barrigas parideiras, sem vestígio de Mulher.

Não temos direitos logo não existimos!

Ana Maria C. Bruni

www.territoriomulher.com.br

Mulher Secular espancada em Israel

O canal 10 da TV israelense transmitiu uma reportagem sobre uma mulher secular (consideradas profanas por se manterem afastadas da tradição judaica), residente em Jerusalém, que foi espancada e ameaçada de morte por ativistas ultra-ortodoxos do grupo Guardiões do Pudor.

Na reportagem, ativistas do grupo confirmaram a agressão à mulher e afirmaram que ela estava "contaminando" o bairro com um comportamento "não modesto" e que a invasão à casa dela "não foi um ato de violência, mas sim de advertência".

Grupos ultra-ortodoxos semelhantes ao Guardiões do Pudor existem desde a fundação de Israel, há 60 anos, porém, ultimamente, as ações destes grupos contra o que consideram "falta de pudor", têm se tornado mais freqüentes e violentas.

Ativistas do grupo têm sido acusados de invadir casas de mulheres seculares residentes em bairros ortodoxos e agredi-las.

O grupo também força mulheres a sentarem na parte traseira dos ônibus, com o objetivo de mantê-las separadas dos homens no transporte público.

Outra área de ação do grupo é contra cartazes publicitários nos quais são mostradas imagens de mulheres. De acordo com a crença do grupo, imagens de mulheres em público são consideradas "obscenas", mesmo se for uma propaganda de um produto qualquer, com a mulher totalmente vestida.

"Apoio da polícia"

As ações do grupo são feitas "em nome de Deus" e têm o objetivo de "combater sacrilégios". Um ativista do grupo, entrevistado pelo canal 10, afirmou que o Guardiões do Pudor tem o apoio de rabinos e "até da polícia".

De acordo com o ativista, o grupo "tem uma liderança de rabinos e um departamento de administração, com arquivos e diversos setores".

A vítima da agressão mostrou sinais de pancadas em sua barriga, braços e pernas. "Forçaram a minha cabeça contra o chão e tamparam minha boca", disse a mulher.

Ela diz ter implorado para que a soltassem, "me deixem, tenho filhos, por favor", mas os invasores de sua residência continuaram a espancá-la.

"Eram dois homens muito fortes, e eu não pude fazer nada contra eles", disse. "Não faço nada para provocá-los, sei como eles são e tomo todos os cuidados, simplesmente vivo a minha vida normal, como mulher secular".

"Tenho medo que eles ponham fogo na minha casa, ou no meu carro, ou me matem, vou ter de me mudar daqui, porque viver com tanto medo está ficando impossível."

A vítima comprou seu apartamento, no bairro de Maalot Dafna, em Jerusalém, há alguns anos. Naquela época o bairro era secular, porém, ao longo dos anos, mais e mais famílias religiosas se mudaram para lá e hoje em dia a maioria dos moradores é ultra-ortodoxa.

GUILA FLINT
da BBC, em Tel Aviv 21/08/2008 -

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u436081.shtml

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