quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Por que os brasileiros não falam por Paulo Pavesi?

PAULO PAVESI BRASILEIRO, asilado na Italia no seu  Blog A verdade Nada mais que a Verdade nos diz como foi Um ano de asilo humanitário
 
Por que o Brasil se cala ao Tráfico de Órgãos?
 
Por que Paulo Pavesi está asilado na Itália?
 
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Este é o texto do Paulo Um ano de asilo humanitário
 
No dia 10 de Setembro de 2008, eu estava em Milão participando do julgamento que definiria o meu destino aqui na Itália, ou fora dela. Dia 9 foi o meu aniversário. E depois de 2 horas de audiência naquela corte, por unanimidade, me concederam o asilo.

Neste ano, comemorando 1 ano de asilo e alguns anos de vida, me deparei com o julgamento de Cesare Batistti, e é inevitável a comparação. Vejamos:

Eu entrei legalmente na Itália, com os documentos originais e satisfatórios à imigração.
Cesare Batistti entrou ilegalmente no Brasil, e para isso, falsificou documentos.

Eu sai do Brasil e vim para a Itália porque denunciei um grupo mafioso de tráfico de órgãos que matou o meu filho do qual fazem parte políticos respeitáveis (tão respeitáveis quanto José Sarney) e médicos renomados (tão renomados quanto Abdelmassih). Fui perseguido pelo Ministério Público Federal durante 7 anos.

Cesare Batistti deixou a Itália depois de fugir da cadeia. Condenado à pena perpétua pelo assassinato de 4 pessoas, Cesare fugiu para vários países até encontrar apoio no Brasil. O Ministério Público Federal apóia Batistti.

Eu entrei na Itália sem conhecer ninguém, e comigo trazia apenas documentos, filmes e gravações que comprovavam a minha denúncia.
Cesare Batistti entrou no Brasil com o apoio de um sistema de "inteligência". O passaporte usado por Batistti estava marcado e houve um esquema para que ele passasse sem ter qualquer problema (fato narrado por ele).

No julgamento do meu pedido de asilo, não havia nenhuma comissão de direitos humanos, e ninguém estava preocupado com a minha situação. Não havia manifestantes e nem faixas pedindo para a Itália que me deixasse ficar. Não havia dentro do tribunal ninguém gritando a meu favor.

No julgamento de pedido de asilo de Cesare Batistti, havia um grupo munido de faixas e cartazes, pedindo para que Cesare Batistti recebesse o asilo do estado brasileiro. Ministros, deputados e militantes da esquerda estavam lá para apoiar Batistti. Dentro do tribunal, pessoas gritavam em favor de Batistti.

No julgamento do meu pedido de asilo, eu não tinha advogado. Precisava convencer a corte com as provas que eu tinha em mãos e com o meu italiano precário.

No julgamento do pedido de asilo de Cesare Batistti havia um advogado em sua defesa, e muitos outros advogados importantes trabalharam por ele sem cobrar nada. Cesare não precisou dar explicações. Alguém o fez por ele.

Luiz Eduardo Greenhalgh foi meu advogado no início do caso Paulinho. Mas ele não fez nada por mim e nem pelo meu filho e estranhamente não permitia que o caso chegasse a imprensa. Algumas vezes sua equipe chegou a perder prazos.

Luiz Eduardo Greenhalgh foi advogado de Cesare Batistti. Ele fez de tudo pelo assassino usando de todos os meios para obter e intimidar a "justiça", inclusive a imprensa.

A imprensa não falou do meu asilo político, pois sou insignificante. Não matei ninguém. Eu consegui provar mais uma vez, que meu filho foi assassinado por médicos para fins de tráfico de órgãos.

A imprensa transmitiu ao vivo, via tv, radio e internet, o julgamento de Batistti. Ele é importante. Matou 4 pessoas. Até agora ele não conseguiu provar que não participou dos crimes. Todos sabem o que ele fez, pois o processo aqui na Itália está recheado de provas e testemunhas.

Eu sou considerado pelo governo brasileiro, um débil mental, cujas acusações (já comprovadas) não devem ser consideradas. Só para lembrar, eu acuso o governo de bancar financeiramente os traficantes de órgãos, além de proporcionar-lhes emprego e a total impunidade. (e provei)

Cesare Batistti é considerado pelo governo brasileiro, um intelectual e escritor, cujas condenações na verdade, dão conta de se tratar de um vagabundo assassino que usou a política para tentar se safar, assim como fazem os vagabundos políticos brasileiros.

Pensando em tudo isso, não teria sido melhor ter matado os assassinos do meu filho?

Talvez.

Mas ainda acho que - mesmo sendo necessário estar distante do Brasil - lutar por justiça de mãos limpas é o melhor caminho. Violência é para fracos. Minhas filhas dormem tranquilas apesar da minha situação. E os filhos dos assassinos? Como dormem?