Caminho do Inferno
Entre cancelas
Atravesse a decadência
Encare a miséria
Vislumbre o belo
Disfarce do mal
Por um tempo
Verás cores
O nada
a tumultuar a ilusão
De repente
Encare o sórdido
Dos homens
Que reúne os miseráveis
Atravesse o nada
O caos de interiores
Querendo ser
o que jamais serão
Verás sagrados
De vários medidas
Importantes
Se acham
Ela domina
Como centro
Da justiça imperiosa
Única
Do arrependimento
Que não querem ter
Não permitem haver
Sem princípios
Nem princípios
Só fins
Segue-se
Entre direitas
e esquerdas
Classes distintas
Níveis opostos
Cores e línguas
Da Babel ilusória
O Belo
Invade
Único
Atordoa
Promete
Diz que pode ser
Atordoa
Promete
Na visão
As placas
Placas
Bem-vindos
Lê-se
No engano
Paraíso
Abre-se a porta
O portal nunca existiu
o Inferno
disfarçado de Paraíso
já estava lotado
Ana Maria C. Bruni