domingo, 11 de outubro de 2009

Por um tempo verás cores...

Caminho do Inferno

Entre cancelas

Atravesse a decadência

Encare a miséria

Vislumbre o belo

Disfarce do mal

 

Por um tempo

Verás cores

O nada

a tumultuar a ilusão

 

De repente

Encare o sórdido

Dos homens

Que reúne os miseráveis

 

Atravesse o nada

O caos de interiores

Querendo ser

o que jamais serão

 

Verás sagrados

De vários medidas

Importantes

Se acham

 

Ela domina

Como centro

Da justiça imperiosa

Única

Do arrependimento

Que não querem ter

Não permitem haver

Sem princípios

Nem princípios

Só fins

 

Segue-se

Entre direitas

e esquerdas

Classes distintas

Níveis opostos

Cores e línguas

Da Babel ilusória

 

O Belo

Invade

Único

Atordoa

Promete

Diz que pode ser

Atordoa

Promete

 

Na visão

As placas

Placas

Bem-vindos

 

Lê-se

No engano

Paraíso

Abre-se a porta

 

O portal nunca existiu

o Inferno

disfarçado de Paraíso

já estava lotado

 

Ana Maria C. Bruni